Sapatos e Carteiras

Desde já aviso que este post só será entendido pelas meninas… Os rapazes olharão para o tema, a foto e abanarão a cabeça a dizer: Gajas!

467098_10201056167996205_193557874_oChegaram hoje e deixaram-me muito feliz! Não, não estou a falar de amigos de visita, familiares ou até dos meus gatos. Estou mesmo a falar das 6 caixas de roupa, sapatos e carteiras que a minha mãe nos enviou a semana passada e que chegaram hoje.

Há 4 meses que visto a mesma roupa, 4 pares de calças, 1 vestido, algumas camisas e camisolas. De repente, abro o armário e tenho roupa de Verão e 12 pares de sapatos para escolher, já para não falar que posso dar descanso à minha carteira Zillian azul que trouxe de Portugal. A desgraçada de tanto uso já tinha mudado de cor para cinzenta, hoje foi à máquina (programa rápido, água fria e sem centrifugação), agora está a secar e lá para sábado já dá para ver o resultado. Escondi-as dentro duma das malas de viagem para o Ricardo não se aperceber de quantas vieram!472851_10201055820347514_404921762_o

Agora falta arranjar os pés para dar uso às minhas sandálias! E espero que esteja bastante sol para usar os meus vestidos frescos. Mas se chover não faz mal, que também veio a minha gabardine com capuz que eu adoro. Estou happy, happy como diz a minha amiga Mónica.

Ah, para o mês que vem, vêm outras tantas….

Ciclista! V.1

Depois de se conseguir o primeiro emprego, qual é a primeira coisa acertada a fazer? Exactamente! Comprar uma bicicleta! Este é o meio de transporte privilegiado em Londres (pelo menos para mim….). Os autocarros são a maior seca do mundo. O trânsito é complicado, os motoristas ou têm alergia ao acelerador ou o pedal do acelerador tem picos e eles picam-se se o pressionarem muito, e os autocarros são frios no Inverno e quentes na Primavera – nem quero imaginar no Verão!

O Tube é bom, rápido e eficiente mas caro. Também, depois, não são poucas as vezes em que existem problemas nas linhas e a coisa fica mais complicada. Conclusão: Get a bike!

Depois de uma análise extensiva ao mercado, e depois de muito pensar se valia a pena antes, trazer uma das minhas de Portugal, apareceu um negócio de comprar um verdadeiro “chaço” por £60 a um colega meu. Uma bicicleta de BTT, velha, pesada, mas funcional. Excelente para Londres. Assim ninguém a rouba…

É que ter aqui por estas bandas uma coisa mais valiosa, é um convite aos assaltantes. Há que ter muito cuidado.

Portanto, gastei o valor do passe mensal numa bicicleta. Primeiros dias de bike para o trabalho e tudo corre perfeitamente. Os automobilistas respeitam os ciclistas, são simpáticos e não houve problemas de maior. Não houve confusão com o lado “direito” da circulação porque, havendo sempre trânsito uma pessoa não se engana.

Depois da primeira semana de “commutação” começaram os “problemas”…

Primeiro, ganho de forma física. Depois de uma semana a pedalar todos os dias, o ego cresce assim como a forma física. Então, todos os dias é um “Sprint” a tentar apanhar o ciclista que vai ali mais à frente, ou a tentar passar o 52 (que era o autocarro que apanhava para o emprego, e se o passar quer dizer que compensa sempre ir de bicicleta….), ou para apanhar o semáforo verde, etc…

Stresses? Apenas um… Lançado (como sempre), esbaforido e cheio de pressa, entro numa pequena rotunda à confiança. Vem um carro do lado esquerdo que, por alguma razão, não me vê, e mete-se à minha frente. Num ápice, viro para o meio da Estrada e passo por ele. Quando me vê, trava e deve ter apanhado um susto de primeira. Continuo a pedalar (depois do susto) e vejo que o carro vem atrás de mim. Tenta apanhar-me, buzina freneticamente algumas três vezes, até que me “apanha” num semáforo vermelho. Aí, olho para ele, está a o condutor a pedir-me imensas desculpas pois não me viu…

Ok… Poderia ter sido pior… No pasa nada! Siga….

Dos carrinhos de bebé e das trotinetes

Os carrinhos de bebé são uma praga nesta cidade! Estão por todo o lado, atravancam os autocarros, ocupam o espaço das cadeiras de rodas. E vêm aos pares e aos trios também. Como carro é meio de transporte muito menos utilizado por aqui não há a restrição ao número de filhos imposto pela capacidade do banco de trás. Por outro lado, os subsídios também são muitos e generosos, pelo que, para determinada camada da sociedade, compensa ter mais filhos.

É normal ver uma mãe acompanhada de 4 crianças, com idades em escadinha desde o recém-nascido (no carrinho, claro) aos 6 anos. Também já me cruzei algumas vezes com um casal e as suas 5 filhas, seja a entrar no autocarro ou a saírem da escola (tão giras com os seus polos iguais!).

Os carrinhos são usados até bastante tarde, se não houver irmão mais novo que tome o lugar no mesmo. Tal como em Portugal já observava, muitas vezes já têm idade para andar pelo seu próprio pé e continuam a ser empurrados pelos pais. Alguém que tenha filhos que me explique, porque para mim parece que estão a criar uns preguiçosos, mas pronto!

A alternativa a andarem de carrinho é a trotinete. Muito direitos em cima da mesma e a mãe ou o pai a puxar a dita. Não me quero repetir, portanto favor reler o que escrevi no parágrafo anterior.

Cidade estranha e diversa esta, hein?