Decidimos alugar a casa de Lisboa, para ficarmos sem despesas em Portugal. Isso significou tirar todos os nossos objetos pessoais, bem como livros, pratos, copos, etc… A casa ficou entregue ao Daniel, amigo nosso, por isso deixei-lhe tudo o que precisa no dia a dia, toalhas, lençóis, panos de cozinha, tachos, panelas, detergentes, enfim… Mas guardei o serviço Vista Alegre que tanto custou à mãe e à tia Lina a fazer, guardei as toalhas bordadas, oferta das nossas avós, guardei os enfeites de Natal que comprei e que o Craig e a Susan nos ofereceram. O fondue + pedra quente oferta dos Tios Fernanda e Zé António também foi guardado. Guardei, ainda, as fotos dos nossos sobrinhos que nos recebiam à entrada, guardei o presente que a minha equipa da Decathlon me ofereceu antes de sair. O Ricardo guardou os gadgets dele e restantes coisas de gajo. A entrada lá de casa era só caixas de cartão nas duas últimas semanas. A viagem para o Alentejo com os dois carros atolhados foi feita a 90 km/ h e com cuidado nas curvas, com medo que as caixas que iam no banco do pendura caíssem para cima de nós.
No último dia ainda estávamos a dobrar roupa para deixar em casa das mães em Lisboa para irmos trazendo nas próximas viagens…
É um exercício engraçado! Pensamos porque é que acumulamos tanta coisa, há quanto tempo não víamos aquelas fotos e descobrimos que nos esquecemos de devolver uma carrada de coisas dos amigos (a comoda da entrada ficou cheia de saquinhos com coisas para entregar nos últimos dias).
Duas vidas dentro de caixas. Interrogo-me quando é que voltarão a sair de lá de dentro.